Rastreio da Retinopatia Diabética

É o nome que se dá à avaliação oftalmológica para detetar alterações da diabetes no olho. Este, além de ser feito em consulta, pode ser feito por uma fotografia do fundo do olho – retinografia.

Caso sejam detetadas alterações é sugerido vigilância ou tratamento. Em Portugal, à semelhança de muitos outros países, há um programa nacional de rastreio com retinografia.

A APDP é a entidade que, ao longo da sua história, tem reunido experiência e conhecimento no rastreio e tratamento da retinopatia diabética. A sua área de intervenção abrange, atualmente, os concelhos da área geográfica de Lisboa e Vale do Tejo, através de um acordo com a ARS LVT, o que corresponde a um universo de mais de 30.000 portugueses. O diagnóstico precoce de uma das principais consequências da diabetes insere-se nas atividades de prevenção da APDP e pode ser realizado através de rastreios populacionais. Com o objetivo de diminuir as consequências e prevenir danos na visão, a APDP tem como objetivo alcançar todas as regiões do país, diminuindo as assimetrias no acesso aos rastreios e diagnóstico.

subvisão e Reabilitação

Subvisão e Reabilitação

Na maior parte dos casos, com uma boa vigilância e um tratamento atempado, conseguimos preservar a visão.

Há́, no entanto, casos em que tal não é possível. Mesmo para essas situações há́ algo que podemos fazer para o ajudar a adaptar-se às limitações visuais.

Há profissionais especializados que podem ajudar na adaptação. Há utensílios para apoio à baixa visão, como lupas, amplificadores ou áudio-livros. Os computadores são uma grande ajuda.

Diabetes Ocular

Na parte de trás do olho existe uma camada chamada retina, que recebe a imagem e a transmite ao cérebro. No centro desta, encontramos uma pequena área – mácula – que é responsável pela visão de pormenor (leitura e reconhecimento de caras). Este tecido tem de ser saudável para que haja uma boa visão.

O aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) provoca alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina. Estes vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina.

A diabetes pode atingir:
A mácula – zona central: Edema macular Diabético. Limita a leitura e o reconhecimento de caras;

A periferia – zona à volta da mácula: Retinopatia Diabética. Nesta situação, as lesões podem ser graves, mesmo sem alteração da visão.

Diabetes Ocular
APDP Diabetes e o Olho

Retinopatia diabética

É uma das manifestações da diabetes. Resulta da alteração dos vasos da retina. A retina é um tecido sensível à luz que existe no fundo do olho. É essencial que seja saudável para que haja uma boa visão. Existem dois tipos de retinopatia diabética, a não proliferativa, que é o estado inicial e menos grave, e a proliferativa, que corresponde a doença mais avançada e mais grave. A estes diferentes tipos de retinopatia pode também estar associada a maculopatia que provoca, frequentemente, importantes alterações da visão.

De início a retinopatia diabética pode não causar qualquer alteração da visão, mesmo com presença de doença grave. Com o tempo pode agravar causando dificuldade na leitura ou visão turva. As queixas podem não ser permanentes. Em casos mais graves pode haver sangue dentro do olho, que se manifesta por manchas escuras que se movem com o movimento e se a quantidade da hemorragia for extensa pode ver tudo escuro.

Exame

Angiografia

É um exame que permite estudar os vasos da retina, percebendo se perdem líquido ou se há novos vasos. Exige a administração endovenosa de um contraste. Este pode provocar alergias. Por isso é muito importante que informe o seu médico se tem alergias a medicamentos, alimentos ou outros contrastes.

Diabetes e Olho

Exame

OCT

É um exame que estuda a estrutura da retina e percebe se há perda de líquido pelos vasos. Não há qualquer risco na realização deste exame.

Exame OCT

Tratamentos

Os tratamentos disponíveis são o LASER, as injeções oculares e a cirurgia. Podem estar indicadas isoladamente ou em conjunto, de acordo com o diagnóstico.

Laser

Laser

É a aplicação de uma luz térmica que destrói as áreas da retina anómalas, reduzindo a perdas de líquido e sangue pelos vasos.

É feito quando há formação e vasos anómalos na superfície da retina – retinopatia diabética proliferativa ou quando há acumulação de líquido na retina – edema macular diabético.

Pode ser necessário iniciar o tratamento mesmo sem perda de visão.

O tratamento com LASER exige a aplicação de gotas para dilatar a pupila e anestesiar o olho, pois vai ser aplicada uma lente de contacto. Esta vai permitir melhor visualização da zona a tratar e manter o olho aberto.

O Laser feito atempadamente evita a perda da visão na grande maioria das pessoas.

Injeções intravitreas

As injeções oulares são a introdução de um fármaco dentro do olho para que a sua ação seja mais eficaz.

Este tratamento é usado para tratar a diabetes ocular (retinopatia diabética e edema macular), associado à cirurgia ou em situações de elevada gravidade e risco de perda de visão

Injeções intravitreas
cirurgia de retina

Cirurgia de Retina

A cirurgia está reservada aos casos mais graves como as hemorragias recorrentes ou persistentes e o descolamento de retina. Esta pode ser feita em conjunto com o LASER e as injeções.

Há dois motivos principais para ser realizada:

1. Hemorragia – os vasos da retina com diabetes podem sangrar e tornar o gel vítreo turvo. Se a hemorragia não se resolver espontaneamente, pode necessitar de cirurgia.

2. Tração ou descolamento da retina – se formarem cicatrizes que provocam o risco de descolamento.

Cirurgia da Catarata

A catarata é a opacificação do cristalino – a nossa lente natural. Surge com o avançar da idade, na maioria dos casos depois dos 65 anos. Nas pessoas com diabetes é mais frequente e pode surgir mais cedo.

cataratas